domingo, 23 de setembro de 2007

Avaliação: será a avaliação que praticamos a adequada ao séc.XXI?

Avaliar um aluno, avaliar um participante num concurso, um esportista numa competição sempre foi um ato visto como natural numa sociedade competitiva que procura sempre neste processo de seleção privilegiar poucos, usando o dito popular separar o trigo do joio, oportunizando poucos e deixando muitos de fora. Em alguns paises sabemos que provas ou exames seletivos em jovens de 10 anos definem que tipo de investimento governos deverão fazer nele, num dia ou numa manhã, o futuro de determinado e brilhante cientista ou pesquisador poderá ser mutilado. Todos conhecem as dificuldades de grandes nomes como Einstein e etc... que foram considerados em alguns momentos “alunos problemas”. Porém, hoje, século XXI, refletindo sobre a realidade social do nosso país, a formação dos educadores e o papel que acreditamos que a avaliação deverá ter na Educação, propomos uma reflexão sobre a mesma: Qual é a importância da Avaliação? Será a avaliação que praticamos e conhecemos hoje prova, teste, exames, interrogatórios a melhor maneira de avaliar nossos alunos se o Observatório da Juventude da UFF e outros trabalhos dizem que esta não é a educação que os jovens querem? Será a avaliação que praticamos uma punição e demonstração de poder? Será a avaliação um elemento para avaliar somente o aluno ou também o professor? Será a avaliação uma maneira de manter sufocada a importância da revisão da Educação deste século? Enfim, estes e outros pontos discutiremos a volta de uma roda de ilustres desconhecidos na manhã do 29/09/07. Venha participar, contando para todos a sua experiência, suas propostas e enfim....Contamos com você!

Educar para a não-violência

"Nós vos pedimos com insistência nunca diga isto é natural!!
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que reina a confusão,
Em que corre o sangue, em que a arbitrariedade tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza....
Não diga nunca: Isso é natural!
A fim de que nada possa ser imutavel."
Bertold Brecht
A violência é pessoal e social.
Ela é econômica, física e moral.
Hoje a violência não é um problema de alguns, mas de todos que não suportam o clima de tensão nas ruas, as manchetes de jornais falando de chacinas e guerras pessoais, de heróis sangrentos.
Não podemos nos isolar e aceitar como verdade que a violência não tem saída colocando grades em nossas casas, alarmes, seguranças e blindando nossos carros, quando temos dinheiro para isso.
Há também os que acreditam que a saída é a pena de morte, a mão dura, o exército nas ruas, a penalização progressiva dos delitos juvenis e a mudança da idade penal. Nós, humanistas, temos mudanças a propor: acreditamos na importância da reflexão sobre a não-violência, sobre como uma mudança no comportamento dos indivíduos e políticas públicas com sensibilidade pode causar mudanças sociais importantes. Lembramos de pensadores não-violentos como Gandhi, Martin Luther King, Tolstoi e Brecht. O novo-humanismo, proposto por Silo, pensador argentino, contemporâneo, acreditamos ser a proposta para a não-violência do momento que estamos vivendo, da desestruturação social, ações isoladas e lutas particulares.
Convidamos instituições, todas as pessoas e grupos a construirmos redes alternativas de discussão, mudanças comportamentais e ações para romper o muro do isolamento, entrando em todos seguimentos sociais sobretudo nas Escolas e propondo uma nova Educação, Educar para a Não-violência.