domingo, 23 de setembro de 2007

Educar para a não-violência

"Nós vos pedimos com insistência nunca diga isto é natural!!
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que reina a confusão,
Em que corre o sangue, em que a arbitrariedade tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza....
Não diga nunca: Isso é natural!
A fim de que nada possa ser imutavel."
Bertold Brecht
A violência é pessoal e social.
Ela é econômica, física e moral.
Hoje a violência não é um problema de alguns, mas de todos que não suportam o clima de tensão nas ruas, as manchetes de jornais falando de chacinas e guerras pessoais, de heróis sangrentos.
Não podemos nos isolar e aceitar como verdade que a violência não tem saída colocando grades em nossas casas, alarmes, seguranças e blindando nossos carros, quando temos dinheiro para isso.
Há também os que acreditam que a saída é a pena de morte, a mão dura, o exército nas ruas, a penalização progressiva dos delitos juvenis e a mudança da idade penal. Nós, humanistas, temos mudanças a propor: acreditamos na importância da reflexão sobre a não-violência, sobre como uma mudança no comportamento dos indivíduos e políticas públicas com sensibilidade pode causar mudanças sociais importantes. Lembramos de pensadores não-violentos como Gandhi, Martin Luther King, Tolstoi e Brecht. O novo-humanismo, proposto por Silo, pensador argentino, contemporâneo, acreditamos ser a proposta para a não-violência do momento que estamos vivendo, da desestruturação social, ações isoladas e lutas particulares.
Convidamos instituições, todas as pessoas e grupos a construirmos redes alternativas de discussão, mudanças comportamentais e ações para romper o muro do isolamento, entrando em todos seguimentos sociais sobretudo nas Escolas e propondo uma nova Educação, Educar para a Não-violência.